quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Capitão América o primeiro vingador




Ola nerds amigos e compatriotas. Após um breve hiato, voltamos a falar de cinema. Aproveitando o lançamento de guerra civil, novo filme do capitão américa, decidi relembrar o primeiro filme da franquia, que surpreendentemente ao lado de batman o cavaleiro de gothan, é um dos melhores filmes de super heróis já feitos.


Muita gente torce o nariz para o velho capitão, mas pouca gente sabe de suas origens. Por exemplo: o fato de que ele foi uma encomenda do governo norte americano, para servir de garoto propaganda e manter o orgulho da nação elevado, enquanto às tropas americanas botavam os nazistas pra correr.

Uma especie de zé gotinha com barriga tanquinho.

Se você deixar de lado os pré-conceitos, vai assistir  um dos melhores filmes dos últimos anos. Cheio de referencias históricas e com um roteiro, que consegue contar bem as origens do personagem.

E não digo isso só por que vem escrito no cartaz.

De cara o que chama a atenção é a computação gráfica, utilizada de forma brilhante para transformar steve rogers vivido por Cris Evans (quarteto fantástico, quarteto fantástico e o surfista prateado, os vingadores 1 e 2) em um magrela de 40 quilos e asmático.

Mas, o grande contraste mesmo é entre a ânsia de steve rogers em servir seu pais e lutar contra a ameaça nazista e o desdém dos que estão envolvidos no conflito mais por obrigação do que por convicção ou altruísmo.

Foi este sentimento de nacionalismo extremo, que o governo norte americano quis explorar ao pedir a jack kirby, que criasse não um super herói, mas sim um super soldado. Esse fato é muito bem contado na primeira parte do filme, mas vou deixar pra que você veja e tire suas próprias conclusões.
 
O filme mostra também um estados unidos longe da super potencia que conhecemos, ainda vivendo a grande crise e nada glamouroso ao contrario de outros filmes que retratam o mesmo período nos mostram.

Fica claro que os sotaques carregados dos soldados, franceses e ingleses, que no filme representam o comando selvagem, é uma forma de dizer nas entrelinhas que não seria possível derrotar Hitler, ou a Hidra sem a participação dos aliados e que os estados unidos não salvaram  o mundo sozinhos como gostam de deixar transparecer.

 Mas, e o Capitão América?

Ai é que está o que torna o primeiro vingador, um grande filme. O capitão américa, consegue ser o foco da história, mas em nenhum momento fica sendo o personagem central. Este acaba sendo a historia em si, que claro mostra todos os clichês dos filmes de guerra americanos, mas que nos brinda com uma produção que seria auto sustentável, mesmo sem a presença do herói.


Agora o legal é ver que muitas vezes, certas coisas são criadas com um intuito nada nobre como foi caso do Capitão América, mas por vezes uma obra segue outro caminho e ganha contornos bem melhores, capazes de libertá-la da primeira impressão que nem sempre (ainda bem) é a que fica.

No mais sempre vale a pena assistir um grande filme. E o primeiro vingador sem duvida é um grande filme, capaz de agradar ate mesmo quem não gosta do gênero.

Afinal de contas, apesar de ter sido criado para uma campanha de marketing alguns dos ideais do Capitão América é universais ou você não concorda com a frase abaixo?


“não gosto de tiranos e não me importa de que pais eles venham”
Steve Rogers/capitão américa o primeiro vingador


Se você ainda não viu o filme, aconselho vê-lo antes de guerra civil para entender a conexão com os vingadores e não ficar perdido. Se já viu, bom sabe com é, vamos ver de novo, talvez depois desse post você tenha uma nova visão sobre a película.

Bom, espero não ter dito nenhum spoiler, mas se disse sinto muito. Só espero ter dado uma leitura diferente, das que normalmente impostas pela “critica especializada”, que tende a inferiorizar estes filmes, com resenhas que mostram total desconhecimento sobres o universo das HQs e muita má vontade em buscar informação.



 Obs 01: O papai Noel também foi criado para uma campanha de marketing da coca cola, mas ate onde eu saiba nem na ficção ele já salvou alguém.


Obs 02: se você é critico de cinema, mas não saca nada de gibis. Não se acanhe, estamos à disposição para prestar consultoria no assunto. Talvez assim o nível das resenhas sobre filmes de super heróis e personagens de gibi em geral suba um pouco.


A partir de da próxima semana, faremos postagens às segundas feiras. Afinal domingo é dia de curtir a família, não de ficar na frente do computador. Então até segunda feira com mais nerdices edificantes.



NAMASTÊ!   

  


























quinta-feira, 29 de setembro de 2016

100 balas o doce gosto da vingança




 video resenha                                                                                                 por:markos paullo

como tenho dedicado, muito do espaço deste blog, para tentar quebrar,ou melhor, arrombar a barreira, construida para deixar os quadrinhos do lado de fora das discussões que compõem tal o "universo literário" e reforçar o fato de que leitura e literatura, são duas coisas distintas, mas também complementares. e que o leitor seja ele de que plataforma for, livros ou HQs, deve ser visto como um único sujeito, dedicado ao habito da leitura, é sempre bom reforçar os argumentos com  exemplos de boas opções de leitura quadrinísticas.

um bom exemplo de leitura, que pode servir para reforçar meus argumentos, é a premiada série 100 balas. com certeza uma das coisas mais impactantes que eu já li.

criada éla dupla Brian Azzarello (textos) e Eduardo Risso (desenhos), 100 balas é uma série policial, mas não naquele estilo CSI, Nova York contra o crime ou coisas do gênero. 100 balas não tem detetives infalíveis, nem repórteres investigativos e muito menos há espaço para clichês, tipicos de romances policiais. 100 balas na verdade escancara, e muito bem alias, o que acontece nos subterrâneos da vida urbana.

a linguagem das ruas, curta, grossa e objetiva, é retratada de forma brilhante, tanto nos diálogos de Azzarello, como nos desenhos fortes e econômicos de Risso.

a trama de 100 balas é muto simples. um homem conhecido como agente Graves, entrega uma maleta c ontendo uma arma com 100 balas que não podem ser rastreadas e varias provas contra pessoas que tenham cometido alguma injustiça contra quem venha a receber a tal maleta. ou seja, em 100 balas não há bisca por justiça e sim por pura e simples vingança. acho que ai fica clara, a diferença gritante, de outras estorias do genero não?

você pode ficar com a maleta, pelo tempo que precisar, para concluir seu plano de vingança e pegar o safado que detonou sua vida. é claro que se as 100 balas acabarem, a coisas pode complicar, por que não há como pegar mais com o agente Graves, que após entregar a maleta some feito fumaça no ar.

alem de uma trama muito inteligente, a série 100 balas tem um clima de romance nyor, mas sem a figura do detetive de sobretudo, mas no tom sombrio na arte de Eduardo Risso. em alguns momentos lembra syn citi (frank miller) e também os filmes do Tarantino ,mas a trama é tão bem construida que a maior parte do tempo essas coincidências  passam despercebidas. ou seja algumas pessoas podem precisar de 100 balas para acertar o alvo.

mas, uma estória como essa só precisam de um tiro pra acertar na mosca. se você ainda não leu, leia!

assista nosso podcast


esquadrão suicida foi tão ruim assim



resenha                                                                                                          por: markos paullo

vamos fazer assim: eu sei que ultimo  a chegar bebe agua suja, mas quando o assunto é lançamento de cinema, eu prefiro deixar a poeira baixar e ai externar a minha humilde opinião, que pode não ser tão importante quanto a dos tomatos e omeletes da vida, mas vou dá-la  mesmo assim.

antes de assistir ao filme do esquadrão suicida, fiz um breve garimpo pela blogosfera nerd e pude constatar que no geral o filme dividiu as opiniões. ao mesmo tempo pude perceber um certo padrão nos tons das criticas de quem digamos "trabalha com quadrinhos" e costuma dizer que são apenas fãs e amantes da nona arte.

foi consenso entre os que se dizem "não críticos" que o filme não é bom, mas entre o publico a coisa ficou muito dividida teve gente que curtiu a bagaça e tiveram outros que embarcaram no coro dos que dizem não ser críticos e detonou o filme.

bom pra ser sincero eu estou no meio do caminho. confesso que esperava mais do esquadrão suicida principalmente, pelo que sugeriam os primeiros trailers, ou seja um filme que conseguiria ser violento, sombrio e divertido sem piadinhas a cada cinco segundos como tem sido praxe em outras produções do gênero.

para mim os pontos fracos do filme são o roteiro que não captou em nada, a essência do que vem a ser o esquadrão suicida, e o elenco que foi muito inchado e acabou colocando alguns personagens que nos quadrinhos são destaque nos quadrinhos como: capitão bumerangue e katana em condição de coadjuvantes.

confesso que como fãn, leitor e colecionador da DC comics; fiquei um pouco decepcionado com o resultado final do filme. esparava mais tanto da trama que é muito fraca e como da escolha dos personagens que fariam parte desta que seria primeira missão da força tarefa x.

acredito que uma formação com menos vilões seria o ideal, para que o filme ganhasse em dinâmica e talvez até reduzisse sua duração, por que vamos falar a verdade duas horas e vinte, em que a maior parte do tempo ficamos vendo os personagens andando pelas ruas da cidade e com closes desnecessários na bela Margot Robbie (arlequina) deixaram o filme longo e cansativo.

mesmo assim comparado a produções anteriores, esquadrão suicida foi bem superior e ja mostra uma evolução. e também ensina que as vezes é inteligente fazer mudanças como, as que foram feitas durante as filmagens e evitaram que no final o filme ficasse, com um tom sombrio igual ao homem de aço e batman versus superman.

por isso não vou embarcar nessa onde de ficar malhando os filmes da DC.

apesar do esquadrão suicida ter ficado abaixo do que se esperava, foi possível ver que a DC conseguiu sim, dar inicio ao seu universo entendido com muita inteligência. a inserção na medida certa de batman e flash são prova disso apesar de alguns "não críticos" acharem o contrario.

pra finalizar quero também lembrar, que um projeto como esse que a DC esta iniciando é muito complexo e demanda tempo, pra se achar uma formula.

a marvel tão exaltada por seu filmes alegrinhos e coloridos, só foi acertar o ponto da massa, depois de muitos e pode crer que são muitos erros, lançando vários filmes patéticos  que o esquadrão suicida e o malhado batman versus superman dão de dez a zero.

tanto é que quando me lembro de filmes como: hulk 1 e 2, justiceiro, elektra, demolidor, quarteto fantástico e o surfista prateado, homem aranha 1 e 3, o espetacular homem aranha 2, wolverine origens, x-men 3, x-men primeira classe, homem de ferro 3 e vingadores a era de ultron; acabo concluindo que o esquadrão suicida não foi tão ruim assim.

assista nosso podcast


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O edifício: Uma estória sobre a vida e a morte de um edifício

Resenha                                                                                                         Por: markos paullo


Esta graphic novel de 1987, foi o primeiro trabalho de will eisner que li e mesmo depois de conhecer o resto da obra do pai da nona arte, posso afirmar que o edifício é a minha preferida e se tornou um dos meus romances de cabeceira.

O subtítulo é verdadeiro, mas não totalmente.

O edifício é uma estória sobre a vida e a morte, mas o velho prédio, é um personagem que contracena com os verdadeiros protagonistas, os quatro fantasmas parados em frente da fachada de moderno edifício que dá lugar ao antigo prédio localizado em uma esquina qualquer da nova york dos anos 1930.

Will Eisner desenha a “Morte” do edifício de forma gradativa, lenta e sempre como pano de fundo para as cenas, que com o casamento de texto e imagem mais dinâmicos do autor nos dá à impressão de ler duas estórias distintas, mas na verdade tanto o velho prédio como a transformação dos quatro personagens em fantasmas, são partes de uma mesma narrativa.

O edifício na verdade é uma grande metáfora. Já que fica clara a intenção do autor em usar a demolição do velho prédio de esquina como ilustração para uma coisa que nossos olhos jamais perceberão, ou seja, a passagem do tempo e a chegada inevitável da morte.

Lendo essa graphic novel é possível entender, por exemplo, onde Woody Allen aprendeu a produzir filmes que narram varias estórias tendo como pano de fundo uma localidade que tanto no caso de Will Eisner quanto no de Woody Allen, é a cidade de nova york.

Sem duvida um dos melhores romances do século vinte.

ASSISTA NOSSA VIDEO RESENHA.






Autor: Will Eisner
Texto e ilustração: will eisner
Formato: Historia em quadrinhos
Serie: Graphic Novel
Ano de lançamento: 1987
Lançamento no Brasil: 1988, editora abril.

onde comprar:
mercado livre

estante virtual

preço medio r$30,00

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Noites de Gotham



Titulo: noites de gotham
Ano de lançamento:1993
Texto: John Ostrander
Arte: Mary Mitchell
Editora: DC comics
Formato: historia em quadrinho


Talvez o momento mais envolvente na vasta galeria de estórias do homem morcego. Em noites de gotham conheceremos gotham city alem dos criminosos e vilões psicopatas, que são exaustivamente explorados por roteiristas nem sempre criativos.

Ao acompanhar quatros estórias paralelas, envolvendo personagens comuns em qualquer cidade do mundo, nos damos conta de que nada é mais heróico do que sobreviver aos desafios do dia a dia.

Como disse Charles Chaplin: “a vida assim como a morte, também é inevitável”, mesmo sem o podermos saltar de telhados e balançar peça cidade com uma corda, que só deus sabe onde esta amarrada.

Batman esta tentando solucionar o seqüestro de uma garotinha, perseguindo ferozmente o suposto seqüestrador, mas gotham continua vivendo, sem tomar conhecimento do que seria mais um dia comum na vida de bruce wayne.

Enquanto torcemos para ver mais um crime ser solucionado pelo morcegão, somos lançados para dentro das vidas de gente como a gente, que muitas vezes tem seus próprios vilões para combater.

O simpático casal de idosos Joel e Emma é o foco central do enredo, ambos estão doentes e Joel em estado terminal, conta com apenas seis meses no de vida, e esta preocupado com o destino de Emma, que não tem parentes vivos para cuidar dela quando Joel se for.

Temos também a solitária atendente da cafeteira do metrô, Rosemary Hayes obcecada por um sujeito que deve estar apaixonado por ela já que: “todo dia é a mesma coisa, um café e um saquinho de acocar pra viagem. mas ele só pede pra mim, porque pra mim?” palavras dela, que segue os dias sem nem ao menos saber o nome de seu “admirador secreto”.

Mas, no melhor estilo os lindos também sofrem, vemos a bela Jennifer que apesar de toda sua simpatia e ótimos atributos físicos, tende a não se dar bem em seus relacionamentos, talvez por ser digamos.... generosa demais em matéria de sexo.

E por fim Dionísio um ex-capanga do pinguim, que esta tentando se reabilitar, mas que como muitos dos que desfrutaram das facilidades que o mundo do crime traz não consegue viver longe dele. Nem mesmo para não destruir a própria família.

Agora o grande momento desta HQ fica por conta de Joel, que desesperado com a própria morte e com a possibilidade de Emma morre abandonada, decide seguir os passos de um casal de amigos que passando pelo mesmo problema cometeu suicídio, no melhor estilo Romeu e Julieta.

Daí em diante a leitura passa a ser torturante, já que nem o acesso de fúria de Rosemary que decide dar uma de atiradora de elite, matando pessoas com um rifle do alto de um prédio, consegue fazer parar de pensar no possível suicídio de Joel e Emma.

Vemos batman solucionar o caso de seqüestro, prender Rosemary no alto do edifício, Jennifer se dar mal em mais uma relação, e Dionísio ser baleado; mas, Joel e Emma ainda pairam em no ar como fantasmas em processo de fabricação.

Para quem já leu esta HQ e sabe como tudo acaba, tem em noites de gotham uma leitura obrigatória, sendo batmaniaco ou não. Mas, para os marinheiros de primeira viagem, ou os que insistem que quadrinho não é leitura, será uma prova do contrario pode ter certeza.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Nenhum de nós hoje e sempre



Hoje e sempre é o décimo primeiro trabalho de studio dos gaúchos do nenhum de nós, que ao contrario da maioria da geração "rock brasil" dos anos 80, ainda tem lenha pra queimar e não fica apenas requentando o café, oops, o chimarrão.

A prova disso é o mais recente álbum, que trás o rock grande do sul em sua melhor forma. Fugindo do rotulo de banda de uma musica só, o nenhum de nós brindou os amantes do bom e nada velho pop rock nacional, com um discaço no melhor sentido da palavra. 

São dez faixas, mas ao contrario do que dizem os "especialistas em musica", a audição não se torna cansativa, já que cada canção tem uma pegada rítmica e melódica diferentes entre si.

O que unidade ao disco como sempre é a qualidade das letras, marca registrada do grupo e que muitas vezes passa batido, já que Renato Russo e Cazuza ofuscaram muitos letristas de igual competência, mas sem o mesmo reconhecimento como é o caso de Teddy Correia cantor e principal letrista da banda, que na opinião deste que voz escreve, é o melhor cantor do rock nacional e um dos melhores da musica brasileira.

Mas, voltemos às letras de hoje e sempre. Os versos de abertura do álbum, já revelam qual o tema central nesse trabalho a realidade que muitos chamam de pessimismo, esta em todos os momentos do álbum, mas de cara ouvimos os versos: "pena que perdemos tempo a escutar, musica sem emoção, musica sem sentimento", o que nos faz pensar se ainda vale a pena gastar tempo escrevendo sobre musica, cinema e HQs, numa época em que ninguém mais lê e o tchu tchatcha domina as mentes da maioria.

Mas logo na seqüência, na mesma canção os versos "e de repente se você encontra alguem pra te mostar a beleza de tudo é um milagre", um fio de esperança faz com que agente se lembre de nem tudo anda perdido e que é possível ter esperança em dias melhores, mesmo que os dias de hoje não nos façam crer nisso.

Alem disso, é bom ouvir um trabalho musical focado na musica, sem frescura, rock cru e direto. Mesmo nas baladas, nos momentos românticos não dá pra não ficar tocado com a sinceridade musical de uma banda com trinta anos de carreira e consegue soar atual mesmo quando busca influencia nos anos 60 com pianos eletricos e órgãos harmonds utilizados pelos beatles a exaustão mas que nunca perdem o charme.

Quem é fã antigo do nenhum de nós como eu, fica procurando as formulas, que fizeram da banda o que ela é, e percebe que elas ainda estão lá, mas de forma mais econômica, como o acordeom (sanfona), que eles trouxeram para o rock ainda nos anos 90 e os tornou uma das poucas bandas nacionais, que pode ostentar o rotulo de rock nacional sem que isso soe piegas.

Em suma, é um dos poucos trabalhos recentes de um grande nome da musica brasileira, que vale a pena ser conferido, principalmente se você, não "perde tempo ouvindo musica sem emoção, musica sem sentimento" e anda meio desanimado com a musica feita no Brasil hoje e sempre é uma boa pedida pra desintoxicar os ouvidos.


Artista: Nenhum de Nós

Lançamento: 16 de junho de 2015

Gravadora: DeckDisc

Gravado na serra gaúcha no inverno de 2014, o novo álbum do Nenhum de Nós teve produção de JR Tostoi e mixagem de João Milliet.


Onde comprar

R$19,90 - ‎Disponível

Musicas:
01 – milagre
02- descompasso
03- foi amor – participação especial Roberta Campos
04- total antenção
05- perferita companhia
06 – se você ficar um pouco mais
07- caso raro
08 – colhendo tempestades
09- amanhã
10 – estrela do oriente

sábado, 16 de abril de 2016

Superman O Rei do mundo



Ola nerds amigos e compatriotas. Mais um domingão do markão esta no ar e na hora de seu café da manhã ou de curar a ressaca do sábado a noite. Continua a nossa empreitada, na busca de fugir da mesmice do blogs nerd que só fazem resenha de HQs, filmes e musicas que já foram resenhadas milhares de vezes, por milhares de blogs, vlogs e podcasts.
Hoje gostaria de aproveitar o rastro do lançamento de batman vs superman, para dar uma sugestão de HQ que se bem adaptada, daria um grande filme, ou não. Afinal sonhar não custa nada. E sem mais delongas(adoro escrever delongas) com vocês................

Superman O Rei do mundo

 Não entro em uma sala de cinema, desde o lançamento de o retorno do rei, que para os não iniciados no mundo nerd, trata-se da ultima parte da trilogia o senhor dos anéis.

Experiência que muito me frustrou, devido a recente morte dos bons modos e da educação no Brasil, tornou-se inviável assistir a um filme no cinema sem que a cada cinco minutos alguém atenda o celular, ou levante para buscar mais (vou cobrar pelo jabá) coca cola.

Por essa razão, ainda não assisti a batman vs superman. Então não tenho como dar opinião, mas não pude ficar alheio as polemicas que cercaram o lançamento da película, mais precisamente a respeito da qualidade do roteiro.



 Então isso me levou a escrever este post, com objetivo de abordar uma HQ que envolve tanto superman, quanto batman e todos os heróis da DC em um embate memorável. Sem duvida daria um roteiro bem melhor do que o que andei ouvindo falar de batman vs superman.

Duvida? Então vamos lá! Sinopse da bagaça:

Atormentado por “sonhos premonitórios” que mostram o fim do mundo em uma hecatombe nuclear, superman, começa uma cruzada para eliminar todas as armas nucleares da face da terra, para “salvar a humanidade dela mesma”.

Isolado em sua fortaleza da solidão (só podia estar isolado na acha?), Kal-el se autoproclama o rei do mundo, hackea todos os satélites para monitorar a terra 24 horas, cria um exercito de robôs e num ato extremo, destrói todo o arsenal nuclear do planeta jogando-o no sol.


 
  

VIVA! PAZ NA TERRA! SUPEMAN AMADO POR TODO O PLANETA!


Nada disso meu bom. Acusado de tirania, superman se vê obrigado a enfrentar as maiores potencias da terra e (você estava se perguntando cadê o batman né?) a liga da justiça, comandada pelo homem morcego.

Durante os acontecimentos, superman descobre que na verdade estava sendo manipulado pelo vilão Domino,s que implantou em “os sonhos premonitórios” alem de forçá-lo a tomara estranhas decisões como interferir na política terrestre, coisas que havia jurado jamais fazer.


 
  
Paremos a sinopse por aqui. Se você não leu, leia. Procure vasculhe escave os sebos atrás de o rei do mundo sem duvida é uma das grandes HQs de todos os tempos. Só não sei dizer se foi republicada no brasil, mas deveria (?!viu panini!?) e como duvido que alguém da DC ou da Warner leia o geléia gerais, dificilmente veremos o rei do mundo na telonas.


 

De toda forma estórias como esta, servem para mostrar que em seus 76 anos de existência, tanto superman como batman, possuem uma cronologia, recheada de grandes estórias e de estórias meia boca também é claro nada é perfeito.

Mas, são os momentos eternizados nos quadrinhos que devem ser levados em conta. Afinal é dos gibis que estes personagens vieram e é lá onde eles “existem de verdade”.

E não vai ser a falta de visão dos que produzem a tal sétima arte, que abalara a reputação de dois ícones da cultura popular, que como disse uma vez o mestre Frank Miller, vão durar para sempre.

O que pode ser muito bom. Afinal mais vale uma HQ brilhante na estante, do que um filme medíocre no cinema. Pra terminar, fichinha técnica de O Rei Do Mundo.




 Titulo: superman o rei do mundo
Lançamento nos estados unidos: 1999
Editora: DC comics

Lançamento no brasil: 03 de março de 2000
Editora: abril jovem

Roteiro: norm breyfogle, joe rubstein,stuart immonen, mark millar

Desenhos: mark millar,doug braithwaitsean philips





Revistas:
superman 41,
superman o homem de aço 13,
superman 42,
superman o homem de aço 14,
superman 43,
superman o homem de aço 15,
superman 44,
superman o homem de aço 16,
superman 45, 
superman o homem de aço 17.

Pois é missão cumprida, mais um gibi não muito badalado foi  destrinchado e domingo que vem agente volta com mais nerdices edificantes.

Namastê!



sábado, 9 de abril de 2016

O falsificador.

por: markos paullo


Joshua é um adolescente, morador de rua, que tem um grande talento para a pintura, mas devido a seu temperamento explosivo, vive se metendo em problemas com a lei. 

Após invadir uma mansão, Joshua é preso por invasão e acaba sob custodia de uma assistente social, que começa a investigar o paradeiro da mãe de Joshua e a procurar uma forma de tirá-lo das ruas.

Enquanto isso Everly Campbel o dono da mansão que joshua invadiu e que na verdade é um vendedor de falsificações de quadros raros, descobre que uma de suas “obras” que estava incompleta havia sido misteriosamente terminada. Conclui também que só poderia ter sido trabalho de joshua.

Como a pessoa que antes fazia as falsificações, havia deixado de trabalhar com Everly Campbel, Ele decide retirar joshua da cadeia e treina-lo para ser seu novo falsificador, sob o pretexto de ajuda-lo a  melhorar de vida tornando-se seu tutor. Começa ai uma estória que mostra muito, da face oculta do glamouroso mundo dos colecionadores de arte.

Mas, não vou contar o filme todo só vou publicar a ficha técnica no fim do post como sempre faço. O que eu que eu quero mesmo é externar uma conclusão a qual cheguei depois de assistir a o falsificador.

Recentemente, lendo jornal me deparei com uma matéria sobre o lançamento de um livro, que abordava um tema nada usual em mesas de bar seja no brasil, ou no resto do planeta água, oops! terra. Ou seja, o roubo de obras de arte e o tipo de coisa que o dinheiro conseguido com estes roubos financia.

Pouca gente (sabe incluindo as autoridades de países subdesenvolvidos como o Brasil), mas o roubo de peças de arte é um dos três meios que grupos terroristas e cartéis de droga, usam para levantarem fundos e assim manter suas operações.

Como assim?

É simples, quando você rouba dinheiro, ou joias cama muito a atenção de órgãos de segurança como a policia, mas se você rouba um quadro por exemplo é tratado como roubo de menor importância. Afinal de contas, “esse negocio de arte é coisa de gente rica que não tem com o que gastar seu dinheiro e em vez de ajudar os que precisam, preferem comprar quadros, vasos, estátuas estas frescuras de gente rica”.

Perceba que as aspas, foram para mostrar minha discordância com tal preconceito. Continuemos.

O fato é que sabendo disso, muitos bilionários, sheiks árabes e políticos mundo afora, buscam sempre ampliar suas “coleções” com itens raros e que muitas vezes são dados como desaparecidos ou mesmo destruídos.

Daí surgem mercenários que por quantias interessantes, se passam por caçadores de relíquias, descobrindo o paradeiro de obras que tanto comichão provoca nos nobres “colecionadores” mercenários estes, que na maioria dos casos, são membros de grupos terroristas cartéis de drogas como bem disse anteriormente.

E isso não é delírio, Interpol, cia, fbi; todas essas agencias possuem toneladas de provas coletadas em décadas de investigações feitas ao redor do globo. Mas, você deve estar se perguntando, onde entra o falsificador nessa conta? Eu chego lá. É um processo de interligação. Acompanhe meu raciocínio.

Um cara rico compra um quadro muito raro, nas mãos de um vendedor de arte, que milagrosamente, consegue encontrar peças de arte que muitos dão como impossível de se encontrar, pela mixaria de cinco milhões de dólares.

Ai, sua casinha é invadida. E a única coisa que é roubada é seu raríssimo Picasso de cinco milhões, que teoricamente ninguém saberia de sua existência, já que o cara rico pediu sigilo ao vendedor de arte.

Logo na sequência, o mesmo grupo que invadiu a casa do cara rico, vende o Picasso para um cara mais rico ainda, que paga sei lá, quinze milhões pelo quadro. O grupo de ladrões/cartel de medelim/alceada, pega os quinze milhõezinhos e gasta tudo em fuzis, pistolas e metralhadoras.

Pra terminar, outro grupo invade a casa do cara mais rico ainda, rouba o Picasso e depois o revende para outro cara muito mais rico ainda e assim o ciclo nunca para. No fim das contas, chegamos à conclusão, que tanto faz se é em nome de Alá, do dinheiro fácil ou do tal gosto refinado. No final das contas o ser humano não vale é nada.

Só que alguém sai dessa sempre no lucro. É claro que falo do falsificador. Afinal quantas dessas obras “raríssimas” serão verdadeiras e quantas, serão replicas tão perfeitas e  capazes de enganar até estudiosos e especialistas renomados, que acabam sempre atestando a autenticidade das peças (ou sera que os especialistas também fazem parte do jogo?) tornando esse crime num crime perfeito.

De toda forma, acaba sendo bom quando algo tão trivial quanto um filme, consegue provocar reflexões com este pequeno momento dedutivo/investigativo/shelock que eu tive durante a uma hora e trinta minutos de o falsificador. Só espero que se você estiver lendo este post e for um amante e colecionador de arte. Bom agora que você já pagou, por esse raríssimo Frida calo na sua parede e não é simpatizante de nenhuma causa homicida e nem do crime organizado. Que tal reforçar sua segurança?

Lembre-se! Para a policia seu quadro é só um quadro, mas para outras pessoas, seu quadro é a mina de ouro, que vai financiar desde o trafico de armas e cocaina, até aquele carro bomba que vai explodir na porta de alguma escola no sei-lá-oque-quistão. Na verdade comprar dvd pirata parece ser bem mais honesto e seguro agora né?

pra terminar a nossa idefectivel ficha tecnica: 


Titulo : o falsificador
Data de lançamento: 3 de julho de 2012
Dirigido Por: Lawrence Roeck
Elenco:Alfred Molina, Lauren Bacall, Josh Hutcherson, Heyden Panettiere
Link do youtube:









Domingo que vem agente volta com mais nerdices edificantes para vocês!

Namastê




 

domingo, 3 de abril de 2016

LEGIÃO URBANA CINCO “o maior segredo é não haver mistério algum”



Ola nerds amigos e compatriotas! Estamos de volta, uma semana depois da páscoa, da estréia de batman vs superman (que será tema de nosso primeiro podcast) e ainda na D-tox dos chocolates., mas, nossa cruzada nerdistica continua firme e forte. Como disse no ultimo post, criei este blog para falar de nerdices, mas principalmente de HQs. Mas, nem só de quadrinhos vive um nerd e musica é alimento da alma. Então hoje quero falar de um álbum que faz parte da minha vida de forma impar, tanto como fã e ouvinte como na minha formação musical. Aberturinha de praxe e então vamos nós: com vocês............

Legião Urbana Cinco 
“o maior segredo é não haver mistério algum”
renato russo


Acho que era dezembro de 1990, mas como sempre posso estar errado. O que importa é que eu andava numa deprê daquelas, coisa de adolescente apaixonado. Tinha passado uma semana meio complicada e numa noite de sábado comendo hambúrguer com meu amigo Vinicius pia (o sobrenome dele era piatan), ouvi no radio do bar os seguintes versos:


“sempre precisei de um pouco de atenção, acho que não sei quem sou só sei do que não gosto”!

___ Isso e legião?Isso e legião? Isso e legião? Gritava eu em êxtase, como se tivesse achado uma nota de cem, apesar de cem cruzados (o dinheiro da época) mal dava pra comprar um gibi e eu tenho alguns pra provar isso.                                         

O cara que fritava nossos hambúrgueres, não entendeu nada.                                                

No mínimo deve ter pensado: “eu hein e claro que e legião, a voz e do Renato russo seus boiólas”, mas não disse nada pra não ser grosso com os fregueses.

O que o chapista não sabia, era que para nós (e pra um monte de gente), legião urbana fazia (e ainda faz) parte integral do dia-dia. Cada disco, letra e ate uma entrevista; já era motivo pra provocar frenesi e dar a sensação alivio para os ouvidos.                

Então, quando você esta vivendo um momento difícil na vida (há! A adolescência!) e ouve o novo single de sua banda preferida, às coisas finalmente começam a clarear.                                             Oba! A legião esta de volta e agora vou ter algo pra aliviar meu sofrimento.                              

Era assim que pensávamos na época, mas você deve estar querendo saber, onde eu quero chegar?                                          

Eu quero mostrar, a importância de boa musica na vida de uma pessoa.                                         Os tais versos de que falei no inicio, são do teatro dos vampiros e faz parte do quinto disco de Renato russo e cia.

Em tempos sem downloads (é amigos, internete nem sempre existiu), tínhamos de esperar uma musica tocar no radio, grava-la numa fita cassete (da um google) e esperar o disco chegar às lojas pra poder comprar (camelô naquela época só vendia pipoca, balas e pilhas), mas a espera valia a pena.                                 

O álbum V (cinco em numeral romano mesmo) foi um desses casos de espera recompensada. Quando eu adquiri meu exemplar, tive uma sensação de estar degustando um bom vinho. Como sempre fugir dos padrões, foi à tônica do trabalho de  Renato Russo e seus asseclas.                

De cara, o disco abre com uma canção em português arcaico (muito parecido com espanhol) e um arranjo cheio de solos de violão flamenco, com uma toada épica.O nome da musica? “love song”.                                     


Na seqüência vem “metal contra as nuvens”, uma musica de onze minutos, com uma narrativa medieval, mas tratando de temas importantes em qualquer época; seguida por um instrumental de seis “a montanha mágica” (nome de um livro genial) e um blues que só poderia ter sido tocado por brancos.

É claro que V ficou no prato do meu toca discos por semanas, foram tantas audições, que sem duvida é um dos álbuns essenciais e nunca pegou uma grama de poeira na minha estante.
Não vou nem falar do resto do CD pra não ficar alongando o texto (odeio tese de mestrado), mas só posso dizer que este disco, mudou minha forma de pensar a musica e do fazer musica. Foi quando percebi que rock não é gênero, mas sim uma forma de expressão.

Canções longas e letras quilométricas, já eram criticadas na época com argumentos de que o publico não tinha paciência para musicas com mais de três minutos, mas das dez musicas mais ouvidas naquele ano, quatro foram do disco V e todas tinham mais de quatro minutos.

Você já ouviu coisa parecida por esses dias? Pos é o tempo passa, mas as mentiras continuam as mesmas.

Renato Russo brilhou com um disco progressivo, em meio ao reinado de guitarras distorcidas de Guns in Roses e Nirvanas, sem gritos e sem afetação.

Enquanto o excesso de cores, ruídos e trejeitos era regra na musica dos anos 1990 uma capa belíssima apesar de simples, fazem deste CD, um dos mais importantes para uma década que precisava de um trabalho marcante como este, já que passávamos pela primeira onda de “sertanejos”, axés e do “funk carioca”.

Não, não estou falando de hoje por incrível pareça, mas o bom e velho Rock in Roll sempre vem nos salvar.        


Em resumo, ouvindo este disco da pra ver  que a musica brasileira (apesar do momento atual) sempre foi capaz de produzir grandes artistas, em pequeno numero é verdade, mas mesmo assim essa minoria da qual a legião urbana faz parte, acaba sendo a que serve de inspiração para ouvidos cansados, que quando vão à caça de novidades, acabam esbarrando com elas nas coisas do passado.

Se você por acaso estiver lendo este texto e tem menos de 30 anos, mas já ouviu falar de legião urbana; não fique intimidado de sair um pouco da mesmice musical que assola o Brasil e pedir para ouvir aqueles cds que o tio Luis ouve.

Você vai perceber que apesar dos Luans Santanas da vida, romantismo poder ser feito sem rimar amor com dor, ou com um manual de frases feitas do lado, e que é possível ser romântico sem ser piegas.

Tudo isso com bons arranjos, letras criativas, guitarras distorcidas, bandolins e muita poesia. Você vai descobrir também que Renato Russo estava certo a respeito da vida: “o maior segredo, é não haver mistério algum”!          

Pra encerrar fichinha técnica:


Artista: legião urbana
Nome do álbum: V
Ano de lançamento: 1991
Gravadora: EMI odeon
Produção: mairton bahia

Legião urbana:
Renato Russo: violão, voz, teclados e letras
Dado Villa Lobos: guitarras e violões
Marcelo Bonfá: bateria

Faixas:
  1. Love Song
  2. Metal Contra as nuvens
  3. A ordem dos Templários
  4.  A montanha mágic
  5.  O teatro dos vampiros
  6.  Sereníssima
  7.  Vento no litoral
  8.  O mundo anda tão complicado
  9.  Lagê D´or
  10.  Come shere my life


PARA REFLEXIONAR



“A IGUINORANCIA É VIZINHA DA MALDADE”
Provérbio arabe

















Você já sabe né? Domingo que vem agente volta, com mais nerdices edificantes pra vocês.

Namastê!