quinta-feira, 29 de setembro de 2016

100 balas o doce gosto da vingança




 video resenha                                                                                                 por:markos paullo

como tenho dedicado, muito do espaço deste blog, para tentar quebrar,ou melhor, arrombar a barreira, construida para deixar os quadrinhos do lado de fora das discussões que compõem tal o "universo literário" e reforçar o fato de que leitura e literatura, são duas coisas distintas, mas também complementares. e que o leitor seja ele de que plataforma for, livros ou HQs, deve ser visto como um único sujeito, dedicado ao habito da leitura, é sempre bom reforçar os argumentos com  exemplos de boas opções de leitura quadrinísticas.

um bom exemplo de leitura, que pode servir para reforçar meus argumentos, é a premiada série 100 balas. com certeza uma das coisas mais impactantes que eu já li.

criada éla dupla Brian Azzarello (textos) e Eduardo Risso (desenhos), 100 balas é uma série policial, mas não naquele estilo CSI, Nova York contra o crime ou coisas do gênero. 100 balas não tem detetives infalíveis, nem repórteres investigativos e muito menos há espaço para clichês, tipicos de romances policiais. 100 balas na verdade escancara, e muito bem alias, o que acontece nos subterrâneos da vida urbana.

a linguagem das ruas, curta, grossa e objetiva, é retratada de forma brilhante, tanto nos diálogos de Azzarello, como nos desenhos fortes e econômicos de Risso.

a trama de 100 balas é muto simples. um homem conhecido como agente Graves, entrega uma maleta c ontendo uma arma com 100 balas que não podem ser rastreadas e varias provas contra pessoas que tenham cometido alguma injustiça contra quem venha a receber a tal maleta. ou seja, em 100 balas não há bisca por justiça e sim por pura e simples vingança. acho que ai fica clara, a diferença gritante, de outras estorias do genero não?

você pode ficar com a maleta, pelo tempo que precisar, para concluir seu plano de vingança e pegar o safado que detonou sua vida. é claro que se as 100 balas acabarem, a coisas pode complicar, por que não há como pegar mais com o agente Graves, que após entregar a maleta some feito fumaça no ar.

alem de uma trama muito inteligente, a série 100 balas tem um clima de romance nyor, mas sem a figura do detetive de sobretudo, mas no tom sombrio na arte de Eduardo Risso. em alguns momentos lembra syn citi (frank miller) e também os filmes do Tarantino ,mas a trama é tão bem construida que a maior parte do tempo essas coincidências  passam despercebidas. ou seja algumas pessoas podem precisar de 100 balas para acertar o alvo.

mas, uma estória como essa só precisam de um tiro pra acertar na mosca. se você ainda não leu, leia!

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esquadrão suicida foi tão ruim assim



resenha                                                                                                          por: markos paullo

vamos fazer assim: eu sei que ultimo  a chegar bebe agua suja, mas quando o assunto é lançamento de cinema, eu prefiro deixar a poeira baixar e ai externar a minha humilde opinião, que pode não ser tão importante quanto a dos tomatos e omeletes da vida, mas vou dá-la  mesmo assim.

antes de assistir ao filme do esquadrão suicida, fiz um breve garimpo pela blogosfera nerd e pude constatar que no geral o filme dividiu as opiniões. ao mesmo tempo pude perceber um certo padrão nos tons das criticas de quem digamos "trabalha com quadrinhos" e costuma dizer que são apenas fãs e amantes da nona arte.

foi consenso entre os que se dizem "não críticos" que o filme não é bom, mas entre o publico a coisa ficou muito dividida teve gente que curtiu a bagaça e tiveram outros que embarcaram no coro dos que dizem não ser críticos e detonou o filme.

bom pra ser sincero eu estou no meio do caminho. confesso que esperava mais do esquadrão suicida principalmente, pelo que sugeriam os primeiros trailers, ou seja um filme que conseguiria ser violento, sombrio e divertido sem piadinhas a cada cinco segundos como tem sido praxe em outras produções do gênero.

para mim os pontos fracos do filme são o roteiro que não captou em nada, a essência do que vem a ser o esquadrão suicida, e o elenco que foi muito inchado e acabou colocando alguns personagens que nos quadrinhos são destaque nos quadrinhos como: capitão bumerangue e katana em condição de coadjuvantes.

confesso que como fãn, leitor e colecionador da DC comics; fiquei um pouco decepcionado com o resultado final do filme. esparava mais tanto da trama que é muito fraca e como da escolha dos personagens que fariam parte desta que seria primeira missão da força tarefa x.

acredito que uma formação com menos vilões seria o ideal, para que o filme ganhasse em dinâmica e talvez até reduzisse sua duração, por que vamos falar a verdade duas horas e vinte, em que a maior parte do tempo ficamos vendo os personagens andando pelas ruas da cidade e com closes desnecessários na bela Margot Robbie (arlequina) deixaram o filme longo e cansativo.

mesmo assim comparado a produções anteriores, esquadrão suicida foi bem superior e ja mostra uma evolução. e também ensina que as vezes é inteligente fazer mudanças como, as que foram feitas durante as filmagens e evitaram que no final o filme ficasse, com um tom sombrio igual ao homem de aço e batman versus superman.

por isso não vou embarcar nessa onde de ficar malhando os filmes da DC.

apesar do esquadrão suicida ter ficado abaixo do que se esperava, foi possível ver que a DC conseguiu sim, dar inicio ao seu universo entendido com muita inteligência. a inserção na medida certa de batman e flash são prova disso apesar de alguns "não críticos" acharem o contrario.

pra finalizar quero também lembrar, que um projeto como esse que a DC esta iniciando é muito complexo e demanda tempo, pra se achar uma formula.

a marvel tão exaltada por seu filmes alegrinhos e coloridos, só foi acertar o ponto da massa, depois de muitos e pode crer que são muitos erros, lançando vários filmes patéticos  que o esquadrão suicida e o malhado batman versus superman dão de dez a zero.

tanto é que quando me lembro de filmes como: hulk 1 e 2, justiceiro, elektra, demolidor, quarteto fantástico e o surfista prateado, homem aranha 1 e 3, o espetacular homem aranha 2, wolverine origens, x-men 3, x-men primeira classe, homem de ferro 3 e vingadores a era de ultron; acabo concluindo que o esquadrão suicida não foi tão ruim assim.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O edifício: Uma estória sobre a vida e a morte de um edifício

Resenha                                                                                                         Por: markos paullo


Esta graphic novel de 1987, foi o primeiro trabalho de will eisner que li e mesmo depois de conhecer o resto da obra do pai da nona arte, posso afirmar que o edifício é a minha preferida e se tornou um dos meus romances de cabeceira.

O subtítulo é verdadeiro, mas não totalmente.

O edifício é uma estória sobre a vida e a morte, mas o velho prédio, é um personagem que contracena com os verdadeiros protagonistas, os quatro fantasmas parados em frente da fachada de moderno edifício que dá lugar ao antigo prédio localizado em uma esquina qualquer da nova york dos anos 1930.

Will Eisner desenha a “Morte” do edifício de forma gradativa, lenta e sempre como pano de fundo para as cenas, que com o casamento de texto e imagem mais dinâmicos do autor nos dá à impressão de ler duas estórias distintas, mas na verdade tanto o velho prédio como a transformação dos quatro personagens em fantasmas, são partes de uma mesma narrativa.

O edifício na verdade é uma grande metáfora. Já que fica clara a intenção do autor em usar a demolição do velho prédio de esquina como ilustração para uma coisa que nossos olhos jamais perceberão, ou seja, a passagem do tempo e a chegada inevitável da morte.

Lendo essa graphic novel é possível entender, por exemplo, onde Woody Allen aprendeu a produzir filmes que narram varias estórias tendo como pano de fundo uma localidade que tanto no caso de Will Eisner quanto no de Woody Allen, é a cidade de nova york.

Sem duvida um dos melhores romances do século vinte.

ASSISTA NOSSA VIDEO RESENHA.






Autor: Will Eisner
Texto e ilustração: will eisner
Formato: Historia em quadrinhos
Serie: Graphic Novel
Ano de lançamento: 1987
Lançamento no Brasil: 1988, editora abril.

onde comprar:
mercado livre

estante virtual

preço medio r$30,00