O campeão de Hitler
por: markos paullo
A década
é a de 1930, Max Schmelling
(pronuncia-se ximélin) é um boxeador alemão, que enquanto o nazismo vai
fincando suas raízes na Alemanha e fazendo o inferno na europa, vai para os
estados unidos disputar o titulo mundial dos meio pesados.
Durante uma luta relativamente facil, Schmelling sofre um golpe baixo e com a desclassificação do lutador
americano, sagra-se campeão mundial de boxe.
Só alegria certo?
Nããão!
Como não venceu a
luta por nocaute e sim por pontos, no inicio foi recebido na Alemanha como um
vencedor, mas que conquistou o titulo por sorte, provocando por parte dos
alemães, reações como: insultos e piadas de um comediante local por exemplo.
Mesmo assim, Schmelling não se abate começa a preparação para defender seu titulo, ao
mesmo tempo em que tenta conquistar atriz tcheca Anny Ondra e evitar os assedios dos nazistas, que
desejam trasnforma-lo numa especie de garoto propaganda da supremacia ariana.
Mas, Max
Schmelling não aceita as ordens de Hitler,
e de inicio consegue não ter sua imagem associada aos ideais nazistas.
Após uma serie de
vitórias, a maioria por nocaute contra lutadores de primeira linha, Max Schmelling consegue reverter à
opinião publica sobre ele e passa a ser visto como o grande boxeador que é, e
não como algum que venceu por pura sorte. Mas sua grande conquista nesse
período foi o coração de Anny Ondra.
Apesar de tudo andar tão bem, o surgimento nos estados unidos de um boxeador chamado Joe Louis (um dos maiores, de todos os tempos e negro), fez com que Max Schmelling se vice na difícil tarefa de enfrenta-lo e recuperar sua imagem, que havia sido arranhada depois de perder uma luta por pontos, luta claramente manipulada já que Max Schmelling dominou a luta do começo ao fim e mesmo assim os juízes o tiraram o titulo de campeão.
De inicio os
nazistas foram contra a luta entre Schmelling
e Joe Louis, mas Hitler viu como uma grande
oportunidade de provar a supremacia alemã em pleno solo americano que até ali
ainda não havia entrado na segunda guerra.
Mesmo vendo seu empresario e amigo, sendo perseguido por ser judeu e sua
amada Anny Ondra ser banida do
cinema alemão por ser tcheca, Schmelling vai até a América enfrentar Joe Louis não por Hitler,
mas pra fazer o que ama lutar boxe, tanto que entre ele e Joe louis, acaba nascendo uma amizade que dura até o fim da vida de
Louis em 1983.
Schmelling vence a o campeão americano,
volta pra Alemanha campeão, mas sem o empresário e amigo que não quis voltar
para ser perseguido pelos nazistas.
Vendo o avanço
cada vez maior do nazismo em Berlim, e sabendo que se saísse da Alemanha seus
parente e amigos seriam perseguidos, Schmelling
decide então mudar para o interior e também, deixar sua imagem ser associada ao
nazismo, tornando-se o campeão de Hitler.
Joe
Louis vs Max Schmeling
A luta do século
Mas, Joe Louis pede uma revanche, Schmelling aceita o desafio e perde por
nocaute com dezoito segundos de luta, volta para alemanha sem a pompa de antes,
inconformado tenta marcar outra luta contra Joe louis, mas Hitler
decide enviar o homem que humilhara a alemanha perdendo para um negro para a
morte e convoca o cara para a força aérea.
Bom, vou parar por
aqui, senão eu conto o filme todo, e fazer resenha não é e o objetivo desse
blog.
O que me fez
escrever sobre este filme, foi justamente a dita “injustiça” que Silvester Stalone teria sofrido no Oscar
desse ano.
agradando ao monstro para proteger quem ama
Quando eu vi este
filme, me deu uma vontade de pensar a respeito de justiça, injustiça, traição e
falsidade. Coisas que andam em destaque na agenda da mídia pelo menos no
Brasil.
A estória de Max Schmelling, um homem que viveu como
todos nós deveríamos viver, sem preconceitos, com a vaidade na medida certa e foi
vitima das próprias crenças, entre elas certeza de que todos somos uma só raça mexeu
comigo e acredito que fez o mesmo com quem viu o filme que (Por falar em
injustiça) não concorreu ao Oscar em 2011.
mandado a guerra pra morrer
Veja o filme e
pense sobre seus conceitos e pré-conceitos. Pense se vale a pena cultivar
certas paranóias, como a tal valorização da raça A, B ou C.
Max Schmelling, foi daquelas pessoas
raras, que não via nacionalidade, cor da pele ou religião, mas via apenas
pessoas mesmo sendo seus adversários. E garanto que não ficaria triste por não
ganhar uma estatua estúpida, mas sim por não fazer uma boa luta.
E alem disso é
sempre bom ver um filme, em que o herói até fica com a garota, mas não se
levanta no final.
o campeao de hitler h
2010 Filme de Esportes-Drama 2h 3m
Data de lançamento: abril de 2010 mundial
Max Schmelling:
Henry Ma
Direção: Uwe Boll
Roteiro: Timo Berndt
Fotografia: Mathias Neumann
joe louis e shmelling amigos e rivais
Nenhum comentário:
Postar um comentário